Aproveitando o feriado de 26 de Janeiro (Dia da República) e os anos do Jaime (Contacteante em Bangalore), decidimos ir passar o fim-de-semana a Bombaím. Antes de mais, há que referir que a cidade já não se chama Bombaím, mas sim Mumbai, mas como bons tugas que somos Bombaím ficará.
Saímos na sexta à noite de Déli (que bem que sabe ir espairecer para outras paragens). Chegamos, pousamos as malas no hotel (que mais parecia uma prisão - os quartos podiam ser trancados por fora por qualquer pessoa que passasse), e fomos jantar comida indiana. Nessa noite deu ainda tempo para ir a um bar e pouco mais.
No Sábado planeamos então o dia turístico. Pegamos no Lonely Planet e fomos até ao India Gateway, o porto da cidade. Após andarmos um bocado apareceu-nos um típico indiano com o paleio do costume a dizer que nos fazia um tour. O tour incluía umas sete ou oito paragens pelas maiores atracções turísticas da cidade. Achamos que seria uma boa ideia, até porque não teríamos muito tempo. Após alguma negociação conseguimos baixar o preço aos dez euros por pessoa.
O tour incluía, entre outros, paragens na maior lavandaria aberta da Ásia, a casa onde Ghandi viveu, a praia e uma vista sobre toda a baía.
Para o jantar, e como eram os anos do Jaime decidimos ir à procura de um bife de vaca... Ao fim de algum tempo a vaguear pelas ruas lá encontramos um restaurante que dizia ter bife. Todos contentes lá pedimos o belo do bife. Dois ou três minutos depois, uma senhora ocidental que estava na mesa atrás da nossa e se preparava para sair disse-nos: "Good luck with the beef". Achamos tudo aquilo um bocado estranho, mas assim que demos as primeiras garfadas percebemos o porquê daquele conselho. Eu não faço ideia o que é que nós comemos naquele jantar, mas uma coisa é certa: aquilo não era carne de vaca...
Durante o jantar apercebemo-nos de outro problema: como era Dia da República em lado algum se vendiam bebidas alcoólicas! Pobre Jaime que só queria era celebrar o aniversário com uma cerveja... Mas português que é português sabe sempre safar-se. Lá fomos a um bar e depois de nos chatearem à porta por não termos passaporte (acho que estavam com dúvidas se eramos indianos) lá nos deixaram entrar. Aí para além de alcoól encontramos também mais dois portugueses, um espanhol e dois australianos com quem passamos o resto da noite.
No domingo, dia de acordar tarde, só tivemos tempo para almoçar (perto das 4h da tarde) e para em seguida irmos à maior "favela" da Ásia, onde habitam entre 3 a 4 milhões de pessoas...
E foi assim mais um fim-de-semana que se passou aqui na Índia.
Agora há que voltar ao trabalho. Não faço ideia quando será a minha próxima saída de Déli, mas não deve ser tão cedo. Aqui trabalha-se aos sábados e feriados é coisa pouca... até porque dependem muito da religião. Mãe, acho que me vou converter ao Hinduísmo...
Deixo-vos com algumas fotos
Beijos e abraços e até à próxima


